segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Os anti-socialistas


Ela saiu da sala e fui ao encontro diário com seus amigos na hora do intervalo.
Aquele dia estava sendo um pouco difícil.
Talvez um tanto melancólico, um tanto sob pressão.
Abraçou gentilmente um de seus amigos de forma que ele pode perceber que ela não estava muito bem.
- Ei, o que você tem? – Ele perguntou baixinho.
- Nada. – respondeu segurando o choro já na garganta.
- Eu te conheço Bruna. Vamos.
Ele a puxou para um canto isolado, onde as pessoas não reparariam muito neles.
- Então, me conta.
- Se eu contar, vou começar a chorar.
- Vá conte.
Ela nem suportou começar a falar. As lágrimas começaram a escorrer incontrolavelmente em seu rosto. Ela nem mais se lembrava da última vez que tinha chorado assim. Ele a abraçou forte, mas não conseguia parar aqueles soluços sentidos que ela mostrava ter.
Seus outros amigos perceberam a cena, e se reuniram a eles. Eles sabiam por que ela chorava. Era o último mês que eles iriam passar juntos no colégio. Depois um grupo continuaria lá, porém outro já ia tomar um rumo diferente.
Eles abraçaram-na todos juntos. E aquele foi um dos melhores abraços que ela já teve em toda a sua vida.


O fato é que eles fizeram daquele ano, o melhor da sua vida. Aquele ano, que ela pensava que poderia ser o pior, depois de tudo aquilo que havia acontecido com ela. Ela podia ver, que nunca estaria sozinha. Não com eles ao lado dela. Todos os momentos juntos foram inesquecíveis. O dia em que inventaram de fazer torta da série favorita (Pushing Daisies), das batalhas de Guitar Hero, de quando foram assistir Batman o cavaleiro das trevas...
Ela sabia que nunca iria esquecer isso.


Eu sei que nunca vou esquecer disso.


Foto: Desenho das pessoas que me mais me fizeram felizes em 2008.
Escutando: Elgar/Something - August Rush soundtrack (Jonathan Rhys Meyers)