sábado, 19 de janeiro de 2013

Só.


As pessoas tem uma ideia errada do querer ficar sozinho, de solidão, de ficar mais afastado das outras pessoas. Às vezes, eu mesma não entendo porque alguém quer ficar recluso, junto com seus pensamentos. Daí surge a necessidade em mim de querer ficar assim e passo a entender que todo esse sentimento de solidão é quase como um remédio para certas fases da nossa vida.

Claro que é bom dividir um tempo com os amigos. Principalmente aqueles que conhecem seu coração mais do que você e que um simples abraço deles já acalma a alma tormentosa. Mas é que quando a vida está em fase de mudança e você sente isso, é quase como a mudança da borboleta. É melhor ficar no casulo, num casulo com livros, uma xícara de café, algumas fitas (falei fita para entrar no espírito de As Vantagens de Ser Invisível), uma cama e uma TV para assistir filmes.

Nesses dias, eu vi alguns amigos e foi até bom. Bom demais. Mas ficar sozinha, pelo menos nessas últimas semanas, tem respondido algumas perguntas que estavam na minha cabeça há alguns meses. Talvez a minha solidão tenha esse poder, de me fazer solucionar certos cálculos da vida.

sábado, 12 de janeiro de 2013

"... recursos fadados ao fracasso"

Todo começo de ano é aquela coisa: vou fazer minha lista de resoluções, estabelecer metas... Esse vai ser um bom ano. Dos 365 dias que formaram 2012, posso dar a probabilidade que apenas 80 foram bons. O resto foi aquele tipo de dia que você acorda, vive e dorme. Assim, eu esperava que eu começasse o ano de 2013 com uma esperança. Uma esperançazinha. Nem precisava ser uma vela de 7 dias. Poderia ser aquelas que servem de decoração. Bem pequenininhas. Mas sabem aquele ditado, que Deus jogou os dados errados? Bem, posso dizer que meus dados estão viciados e desde 1 de janeiro as coisas estão soltas, sem rumo e nada bem. E parece que hoje, 12 de janeiro, um sábado, as coisas ruins se concentraram. Em apenas 2 horas eu quebrei o farol do carro, quase atolei, comecei a ter aula de processo civil (uma das disciplinas mais complicadas e exaustivas da grade do curso de Direito) num sábado na Universidade Federal que é praticamente em outro município... 

E o pior de tudo: eu não vejo a luz no fim do túnel. "I started lookin' for a warning sign". A vida deveria vir com um kit de emergência nesses momentos. O que fazer quando você está cansado das pessoas? Ou da faculdade que você escolheu? O que fazer quando você percebe que a determinação que você teve até os seus 20 anos de idade não te levou para o lugar que você pensava que seria o teu lugar ideal? E quando você começa a se frustrar e se cansar de tudo? Vida, o que eu faço? Eu li que os jovens de 20 anos estão sofrendo crises existenciais, porque é fase universitária, da busca de emprego... Quer dizer que eu sou um desses jovens? É apenas uma fase, alguns dias, alguns anos... Uma década? Vida, me diz se vai durar muito porque o negoço tá foda.

Daí que eu tenho vontade de me mudar. Deixar a faculdade, fazer uma coisa que eu gosto, ir para o lugar mais distante que eu possa ir. Mas como fazer isso? Se eu não tenho emprego, se eu não tenho dinheiro? Como deixar uma faculdade que já estou há 2 anos e meio e simplesmente sumir? Me apagar do mapa do agora?


E assim, volto pra estaca inicial. Talvez eu não tenha tanta coragem assim. Talvez eu seja como os recursos da aula de hoje: simplesmente fadados ao fracasso.


Ouvindo: The Scientist - Coldplay.