- Quer um cigarro?
- Você fuma?
- Não. Só de vez em quando.
- Aceito.
- Você fuma?
- Só de vez em quando.
- O café está pronto. Aqui.
- Obrigada.
- Açúcar ou adoçante?
- Nenhum dos dois.
- Você toma puro?
- Quero provar o grão.
- Hm.... É bom?
- Heh. Para um café de cápsula... Prefiro o café coado mesmo.
- Também. Da próxima vez você prepara.
- Haverá uma próxima?
- Por que não?
- Não sei.
- Você não gostou?
- Não é isso.
- E é o quê?
- Não sei.
- Foi estranho?
- Não. Foi bom. É só que... Nada. Foi muito bom pra falar a verdade. Próxima vez eu faço o café.
domingo, 17 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Antes de dormir.
Sempre achei que o momento antes de ir dormir fosse o mais difícil. Porque mesmo que você esteja com muito sono, com o corpo demandando descanso, a sua mente pode estar funcionando a mil. Pode estar andando em pensamentos sem parar, como um carrossel ou mesmo como um tubarão. Porque você sabe né? Tubarões não param de nadar senão afundam. Pois é exatamente como a mente antes de dormir. Você tem até um livro de cabeceira, mas o que você queria mesmo era pregar os olhos e se entregar àquele sonho com o Thorin do Hobbit. Ou que está preso nas Lojas Americanas comendo todos os doces e brincando com todas aquelas imagens de ação. Mas não.
Daí você lembra a quantidade de coisas que tem que fazer no dia seguinte. E no outro. E no outro. E no outro.
E no outro.
E você perde o sono de vez para dar lugar ao desespero. Por que você está deitada na cama, enroladinha no lençol enquanto há quatro provas batendo fortemente em sua porta? Um projeto a ser escrito? Textos a serem lidos e fichados?
É tanta coisa a se fazer que só de pensar, você cansa.
Cansa tanto que o sono chegou. E o sono chegou com tanta força que a coragem que você tinha de guardar o caderno que você está escrevendo essa nota foi embora.
Fica no chão mesmo, caderno. Amanhã eu te guardo.
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