domingo, 3 de junho de 2012
Parar.
Decidiu tentar parar. Tinha que parar. Depois do turbilhão de coisas, o turbilhão de pensamentos que surgia na última semana, precisava parar. Aquilo estava mais complicado do que imaginara. Eram contradições dentro de si.
Queria estar sozinha no início do dia e braços no fim da noite.
Queria a bebida gelada, mas preferia o reconforto do calor na língua.
Queria a cama vazia, mas a presença de alguém por alguns segundos, minutos, horas. Quem sabe dias.
Queria o sol esquentando o lençol, mas diante da melancolia do coração, a luz prata da lua era melhor.
Aqueles dias cansaram, cansaram tanto que a mente não conseguia pensar em mais nada. Da boca só saiam coisas sem sentido. Dos olhos, lágrimas que junto d'água corriam para o ralo.
Deitou-se na cama e pensou: tenho que parar.
E assim parou.
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