quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

My kind of trouble is Fitzgerald on a vinyl.


- Comprei um disco da Ella Fitzgerald... Perfeito. Todas as vezes que escuto, penso que sou uma personagem de um filme que se passa em Nova Iorque. E que estou prestes a me apaixonar e ter o emprego dos meus sonhos. E que tudo vai dar certo.
- Você quer dizer disco de vinil ou CD?
- Disco de vinil.
- Sério, não entendo ainda essa história de que disco de vinil é melhor que cd. Se o disco é melhor que o cd, por que ele parou de ser fabricado?
- Ele não parou de ser fabricado. Ele só diminuiu a produção. Junto com a produção de música de qualidade.
- Não não... Não entendo isso não. É você e minha irmã que ficam falando disso.
- Sua irmã deve ser uma pessoa bem legal. Gostaria de conhecê-la. Enfim, cara. Já até te mandei um link explicando o porquê da melhor qualidade. E não é só isso, a questão da qualidade sabe? É o ter discos. Ter aquelas prateleiras cheias; tirar o vinil da capa com cuidado, ver a agulha cantando Fitzgerald, Vaughan... Jazz numa vitrola é uma coisa totalmente diferente.
- Isso é coisa hipster, hipster.
- Bem, se se sentir bem tomando um bom café, ouvindo jazz na vitrola, com uma boa companhia é ser hipster... Bem... Sou hipster com muito prazer desde 2006.
Ele sorriu. – Como diz a Fitzgerald, my kind of trouble is you.

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