quarta-feira, 5 de junho de 2013

E que se foda o mundo.

Deitou-se na cama e sentiu o lençol frio tocar-lhe o corpo nu. Precisava ficar sozinha. Sozinha com a Sarah na vitrola e sua grande xícara de café. Porque café é a bebida perfeita. Esteja você triste ou feliz. Depois de meses sentindo apenas o amargor do café, poderia agora bebê-lo sem açúcar e achar a bebida mais doce de todas. Mesmo com as dúvidas que pipocam sempre na sua frente, ela agora poderia dizer que tinha voltado aos trilhos. Estava sozinha. Sim, estava sozinha. Mas a solidão que teve ao não-estar sozinha tinha sumido. Ela agora estava segura de si mesma que poderia ficar sozinha por tempo indeterminado. Mesmo não tendo a confiança que gostaria de ter, sentia-se mais segura com seu corpo e com sua mente. Era uma menina... não. Já era uma mulher. Poxa, já é uma mulher. Uma mulher que não se sente como as outras. É uma mulher que não se importa com o mundo. E isso não é egoísmo, entenda. Ela só quer aproveitar do jeito que acha correto, do jeito que quer que seja, do jeito em que se sente bem consigo e sua alma louca. Sem se importar com o que possam dizer dela. É do tipo que sairia de calcinha e sutiã na rua. Sem vergonha, pois é o jeito que se sente confortável. Gosta de beber, de falar palavrão, de fumar quando está se sentindo bem ou quando quer relaxar. Não é do tipo academia ou maquiagem. Tem preguiça de manter a rotina de base e pó compacto. Prefere os olhos mais escuros.

O que importa é que está bem consigo mesma do jeito que é e sempre foi.


E que se foda o mundo. 

Um comentário:

Darshany L. disse...

Quanto tempo não passava por aqui.... mas o café... sempre presente!