quarta-feira, 24 de julho de 2013

Me beba.

Me traga a garrafa de vinho, meu amor. 
Me traga a garrafa de vinho e mais duas taças.
Uma para mim, outra para você.
Porque essa noite eu quero me entregar.
Me entregar por completo.
Me traga a garrafa de vinho. 
Entre os goles e meus lábios molhados, 
sinta meus beijos úmidos.
Sinta minhas unhas arranharem suas costas nuas,
minha voz embargada pela bebida sussurrar no pé do seu ouvido.
Ouça minhas besteiras e me leve a cama, me dispa e beba de mim.
Beba logo. Beba tudo. Beba devagar. Com moderação, mas com selvageria.
Me dê essa paixão vadia,
acenda esse fogo que vai se apagar
assim que a garrafa acabar e o dia surgir no horizonte.